sexta-feira, junho 30, 2006

Da Fraqueza

Sou sem dúvida a fraqueza personalizada. Detestava gostar. Não ser correspondido. Consegui afastar-me. E, estupidamente, não consegui evitar que acontecesse novamente. Sentir sem ser sentido. Queria imunidade a tudo isto. Concentrar-me naquilo que supostamente me deveria interessar. "Absolutamente normal que tenha acontecido!", disseram-me ontem. Mas não podia.

segunda-feira, junho 26, 2006

Do Sentido

Anoitece. Hoje, finalmente, depois de quase seis meses, posso dizer que alguma coisa me correu bem!O balanço deste tempo de intervalo é negro. Ilusões e desilusões. Amores e desamores. Pensei não aguentar. Estive a um pequeno passo da desistência. Eu queria desistir. Não me deixaram! Souberam-me fazer sentir que sou necessário. Finalmente encontrei um sentido.Um objectivo. Entendi o amor. Próprio e pelos outros. Descobri que um sorriso vale anos. E então, tudo faz sentido!

terça-feira, junho 13, 2006

Da Depressão

Estou deprimido. Já vai para um mês. Levo metade do dia a pensar no pior da minha vida. Mas ela tabém é praticamente um somatório de acontecimentos negativos. Mas o que mais me irrita é não conseguir ser sincero. Dizer o que tenho a dizer, quando devo, a quem devo. Não consigo exprimir sentimentos. Já nem as lágrimas saem. Não consigo. Cada vez mais duvido que valha a pena.Parece mentira, para todos aqueles que me conhecem, mas já não sou mais o J. que sorri. Desculpem-me!

segunda-feira, junho 12, 2006

Da Varanda do Justiça

És talvez a maior constante da minha vida. Todos os dias te vejo. Chega a ser estranho o conforto que me transmites. Vivi em ti os momentos mais felizes desde que cheguei a Coimbra. Também os mais tristes. No teu chão correm as minhas lágrimas, nas tuas paredes ecoam as minhas gargalhadas. Provavelmente conheces-me melhor que eu mesmo. Os meus amores e desamores. Os meus momentos etílicos, mas também os de ressaca. És o meu melhor e o pior. No fundo, és a minha vida. Por inteiro!

quarta-feira, junho 07, 2006

Da Náusea

Tremo.Uma agonia incrível espalha-se pelas minhas entranhas. As lágrimas não saem. Estou a sucumbir. A uma pressão impressionante, que me esmaga a toda a velocidade. Emagreço, enfraqueço. Esqueço-me que a vida tem prazeres. Sinto todo o meu corpo numa desafinação. Como foi possível? Tudo me derrota, até o que ainda não veio. Fecho os olhos, não durmo. Sinto-me consumido por um enjoo. Da cidade, das pessoas e especialmente de mim. Alguém lhe chamou ansiedade. Eu chamo-lhe náusea.